Vice-presidente brasileiro avaliou que o democrata terá "inúmeras dificuldades"
Por ESTADÃO CONTEÚDO
09/11/20 - 14h
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Hamilton Mourão listou várias dificuldades que o novo mandatário americano enfrentará
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo
O vice-presidente Hamilton Mourão avaliou nesta segunda-feira (9) que, uma vez confirmada a eleição do democrata Joe Biden, o presidente eleito dos Estados Unidos terá "inúmeras dificuldades". Além de dificuldade na relação com a China, Mourão citou que os EUA estão divididos e, por isso, Biden precisa ir além de apenas um discurso de unificação. Em live promovida pelo Itaú, o vice-presidente reforçou que o governo brasileiro espera o final do processo eleitoral americano para se pronunciar.
"Acho que o presidente Biden, uma vez confirmada sua eleição, ele terá inúmeras dificuldades pela frente. Tem a questão da China, tem a questão do relacionamento com a Europa ocidental, tem alguns conflitos internacionais onde os Estados Unidos estão operando e tem a própria situação interna do país", afirmou Mourão. "Existe uma divisão lá dentro e o presidente Biden terá que se mostrar capaz de ir além da mera retórica de dizer que ele está lá para unir os americanos e realmente trabalhar em prol dessa união", acrescentou.
O vice-presidente afirmou ainda que não tem dúvidas de que as relações econômicas com os EUA "vão perdurar e vão avançar". Ele destacou que Brasil e Estados Unidos são duas das maiores democracias e economias ocidentais e que os dois países partilham de valores comuns como a "defesa pela liberdade, democracia e direitos humanos". "As nossas relações (com EUA) são densas, são complexas, e os interesses tanto de Brasil como Estados Unidos transcendem mero processo eleitoral", observou.
Em relação à questão do meio ambiente, Mourão comentou a ideia de Joe Biden de reunir países para a apoiar a preservação da região amazônica. "Se pagarem os serviços ambientais já ficamos satisfeitos com isso. Já teremos recursos suficientes para avançar em todos as nossas agendas na Amazônia", disse.
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